O Ritmo Circadiano do Batuque

Tenoch Yakecan
2 min readMay 21, 2024

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Era uma vez,

Um ritmo que não dependia de relógio. Ele estava ali, batucando a todo momento, liderando com aquela música rápida para a galera dançar no começo da festa e colocando aquela de dançar juntinho lá pro final.

A festa dele durava um dia e uma noite de tão boa que era, mas sempre respeitando como festejar em cada momento. Olhava para a luz do holofote, com a manutenção de seu amigo fotoperíodo, enquanto determinava qual a próxima música para tocar. A iluminação criava toda a sensação na pista de dança para os que festejavam e, assim, ele obedecia. Gostava de chamar como duas festanças diferentes: o sono e a vigília.

Sabia o que fazer quando sua amada, Melatonina, chegava. Ela era a única das festas que o chamava pelo nome completo. Para ela, ele não era só ritmo, era Ritmo Circadiano. A Melatonina era do time da festa da noite, sempre gostou de uma pista de dança menos iluminada e uma música lenta. Ela acabava sendo muito tímida para chegar dançando junto com o ritmo logo de cara. Assim, sua amiga pineal sempre lhe dava aquela liberação necessária.

Porém, sempre que estava pronta para ir para casa com o ritmo, chegava sua arqui-inimiga, Cortisol, para levá-lo para a iluminação forte e os ritmões rápidos da vigília que iria começar. O ritmo ficava na dele, influenciado por todas, mas nunca por mais que uma festa. Ele ficava no seu palco chamado hipotálamo.

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